Réu por corrupção e improbidade, Rodrigo retorna à prefeitura de Niterói

Réu em processos de corrupção e improbidade administrativa, o ex-prefeito Rodrigo Neves está de volta à Prefeitura de Niterói, agora como secretário Executivo. Será responsável pela execução do chamado Plano Niterói 450 Anos, que enfeixa um pacote de R$ 2,4 bilhões em obras no município até 2024.
Rodrigo foi convidado pelo prefeito Axel Grael, que já foi seu vice (2107/2020) e secretário Executivo (2013/2016). A nomeação ainda vai ser publicada no Diário Oficial, mas na noite de quarta-feira (24), ele já participou de uma reunião de Grael com o governador Claudio Castro, no Palácio Guanabara. Foram pedir ajuda do Estado para projetos nas áreas de segurança, transportes como as Barcas e um novo sistema de BRS do estado em São Gonçalo. Grael também pretende construir, com apoio do Estado, um Terminal Rodoviário no Caramujo. Rodrigo, como prefeito, fez a Transoceânica gastando mais de R$ 420 milhões sem resolver a contento o transporte de passageiros na Região Oceânica.
OPERAÇÃO TRANSOCEÂNICA
Rodrigo Neves responde por crimes de responsabilidade em um volumoso processo criminal, que já soma mais de 28 mil páginas e quatro anexos. A ação 0018165.21.2022.8.19.0002, distribuída à 1ª Vara Criminal de Niterói, é originária de processo movido pelo Ministério Público Federal (MPF), que em dezembro de 2020 denunciou o ex-prefeito e candidato a governador do RJ pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção, fraudes em licitações e estelionato.
Todo o material acusatório colhido pela Operação Transoceânica realizada pelo MPF e Polícia Federal faz parte do processo que vai julgar crimes de responsabilidade que teriam sido praticados por Rodrigo. Já se encontram na 1ª Vara Criminal do TJ documentos apreendidos, transcrição de mensagens de e-mail e de Whats App e escutas autorizadas das conversas entre Rodrigo Neves e mais oito acusados.
CASO DOS PASSES LIVRES
Rodrigo Neves continua como réu em outra ação penal em curso no 3° Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do RJ. O procedimento investigatório do Ministério Público estadual, que resultou na prisão por 93 dias do ex-prefeito de Niterói, de seu ex-secretário de Obras, Domício Mascarenhas, e dos empresários de ônibus João Carlos Félix Teixeira e João dos Anjos Soares, segue em andamento com o julgamento da denúncia de que praticaram corrupção ativa e passiva.
Segundo a Operação Alameda, realizada pelo MP/RJ, as empresas teriam pagado R$ 10,8 milhões em propina para a liberação do pagamento, pela prefeitura, do passe livre nos ônibus para estudantes, pessoas com deficiência e acompanhantes entre os anos de 2014 a 2018.
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