Mortos em seita de jejum no Quênia chegam a 58Membros foram incentivados a ficar sem comer para "conhecer Jesus" por líder de igreja, segundo investigação. Corpos estavam em vala comum.

Por g1

 


Membros da seita teriam feito jejum até morrer. Corpos estavam em vala comum. — Foto: REUTERS/Stringer

Membros da seita teriam feito jejum até morrer. Corpos estavam em vala comum. — Foto: REUTERS/Stringer

Os corpos foram encontrados ao longo dos últimos três dias em Malindi, no leste do país. Os mortos faziam parte da Igreja Internacional da Boa Nova. O fundador da igreja, Makenzie Nthenge, incentivou os seguidores a fazerem jejum total "para conhecer Jesus", segundo as investigações.

Nthenge foi preso há dez dias, mas seus seguidores seguem escondidos jejuando, segundo a polícia.

Parte dos corpos estava em uma vala comum em uma floresta na região, mas o chefe das investigações local, Charles Kamau, afirmou que a polícia ainda busca por desaparecidos.

Investigador entra em área isolada para exumar corpos de supostos membros de seita cristã no Quênia que pregava jejum — Foto: Stringer/Reuters

Investigador entra em área isolada para exumar corpos de supostos membros de seita cristã no Quênia que pregava jejum — Foto: Stringer/Reuters

Uma mulher foi encontrada no domingo (23) pelas autoridades com fraqueza recusando-se a ingerir alimentos. Ela foi levada a um hospital. Outros 11 fiéis, sete homens e quatro mulheres de entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados na semana passada após receberem ajuda na floresta, conhecida como Shakahola.

Uma fonte policial afirmou que Nthenge iniciou uma greve de fome e que "está orando e jejuando" enquanto permanece preso. Segundo a imprensa local, seis seguidores de Makenzie Nthenge também foram detidos.

Em um relatório, a polícia indicou que recebeu informações sobre várias pessoas "mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, pastor da Igreja Internacional da Boa Nova, fez nelas uma lavagem cerebral".

De acordo com a mídia local, Makenzie Nthenge já havia sido detido e indiciado no mês passado depois que duas crianças da seita morreram de fome. No entanto, ele pagou uma fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil) e foi liberado.

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