Guerra no Rio sem efetivo é impossível vencer. Diz o Ex Governador Antony Garotinho a voz da experiência.

A crise de segurança no Rio é dramática. Só quem mora nas áreas conflagradas pode imaginar. São vários problemas, e precisam todos de solução imediata. 
Vou tratar hoje apenas na questão do efetivo policial, em outras ocasiões falarei da reestruturação geral do sistema de segurança. 
A Polícia Militar dispõe hoje de um efetivo de aproximadamente 42 mil homens. Mas devido licenças médicas, férias, escala de serviço, para cobrir todo o estado no policiamento ostensivo, temos menos de 9 mil homens diariamente. Isso é  uma vergonha. O efetivo ideal teria que ser de no mínimo 55 mil homens.
O efetivo atual da PCERJ é estimado em cerca de 8.000 policiais, distribuídos
entre delegados, inspetores, investigadores, peritos e outros cargos. Esse número representa aproximadamente 61% do efetivo ideal recomendado para o estado.
Estudos indicam que o efetivo ideal para
a Polícia Civil do Rio de Janeiro seria
de aproximadamente 13.000 policiais,
considerando a população do estado e as demandas de segurança pública.
Esse número é frequentemente citado
por autoridades e especialistas em
segurança pública.
Policiais penais
Atualmente, o Estado do Rio de Janeiro possui aproximadamente 3.570 policiais penais ativos, responsáveis pela
segurança e vigilância nas unidades prisionais. Esse número representa
cerca de 70% do efetivo ideal, conforme
diretrizes do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária
(CNPCP), que recomenda uma proporção de um policial penal para cada cinco detentos, o que não acontece devido a férias e licenças e escala.
Com uma população carcerária superior
a 45 mil internos, a recomendação do
CNPCP indica a necessidade de
 9.000 policiais penais para garantir condições de segurança e controle nas unidades prisionais.
Além disso, a Secretaria de Administração Penitenciária enfrenta desafios relacionados ao envelhecimento do quadro funcional.
Há mais de 640 servidores com 60 anos, o que pode impactar a eficiência operacional e a necessidade
de reposição de efetivo.
Para enfrentar essas lacunas, o governo estadual deveria aproveitar todos os concursados e abrir novos concursos com qualificações em massa de todos os policiais militares, civis e penais.

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